Lição 09 - Josafá, a Vitória Por Meio da Adoração

"Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros, crede nos seus profetas e prosperareis" - II Crônicas 20.20b
Texto Bíblico Básico: II Crônicas 17.1-6, 9-12
QUEM FOI JOSAFÁ
Resultado de imagem para ADORAÇÃOJosafá foi um rei de Judá que sucedeu seu pai, Asa. O reinado de Josafá está registrado nos livros de 1 Reis (22:42-50) e 2 Crônicas (17-21). Antes de falarmos sobre quem foi Josafá, precisamos saber que existem outros homens com esse nome além do rei Josafá.
Os principais personagens bíblicos chamados de Josafá são:
  • Um cronista que viveu durante os reinados de Davi e Salomão, mencionado como um dos principais oficiais do reino (2Sm 8:16; 20:24; 1Rs 4:3).
  • Um sacerdote que foi designado para tocar a trombeta diante da Arca da Aliança quando esta foi levada para a cidade de Davi (1Cr 15:24).
  • Um dos doze oficiais de Salomão citado no livro de 1 Reis (4:17). Ele tinha a responsabilidade de coletar os impostos do distrito de Issacar.
  • O pai de Jeú, rei de Israel (2Rs 9:2,14).

O rei Josafá


O rei Josafá reinou aproximadamente entre 872 e 848 a.C. Ele reinou em Judá, ou seja, no reino do sul que consistia no território das tribos de Judá e Banjamim, na época em que o reino estava dividido. Para saber mais sobre isso, leia o texto “Reis de Israel e Reis de Judá“.
Como já dissemos, Josafá era filho de Asa. Sua mãe era Azuba, filha de Sili. Josafá foi contemporâneo de Acabe, Acazias e Jeorão de Israel. O nome “Josafá” significa “Jeová tem julgado”.
Apesar de ter um relato oficial de seu reinado no livro de 2 Reis (22:41-50) é no livro de 2 Crônicas (17-21) que estão os registros mais detalhados sobre sua história. No livro dos Reis , Josafá também é citado outras vezes, porém nessas ocasiões o foco da narrativa é o reino do norte, e não o seu reinado.

O reinado de Josafá


Quando tinha 35 anos, Josafá se tornou co-regente com seu pai, Asa, até o ano de 870. O rei Josafá reinou por 25 anos. No começo de seu reinado, ele se concentrou nas questões referentes à segurança de seu reino contra possíveis ataques externos, principalmente em relação ao reino do norte (Israel).
Ele tratou de fortalecer as defesas ao longo da fronteira norte, designando soldados que ficavam de forma permanente nas aldeias próximas a fronteira com Israel. Os filisteus e os árabes lhe pagaram tributo durante seu reinado.
Aproximadamente no terceiro ano de reinado, Josafá tomou algumas medidas com o intuito de melhorar a situação religiosa do reino. Além de instruir o seu povo, ele enviou levitas com os livros da Lei para ensinar nas cidades de Judá (2Cr 17:7-9).
Entretanto, mais tarde Josafá foi persuadido por Acabe e se propôs a solucionar o problema de inimizade com Israel, um conflito que já perdurava desde seus antecessores. Essa aproximação com Israel ocorreu através de uma aliança de casamento com a casa de Onri (1Rs 22:44).
Na verdade, esse acordo de paz era muito mais vantajoso para Israel do que para Judá, pois ao invés de possuir um inimigo em sua fronteira sul, teria um aliado que, talvez, poderia ser útil frente às constantes ameaças que sofriam por parte da Síria.
O casamento ocorreu entre o filho do rei Josafá, Jorão, com a filha do rei Acabe e Jezabel, Atalia. Esse casamento trouxe terríveis consequências para Judá, como a abertura posterior à adoração a Baal e os graves conflitos que levaram a descendência de Davi à beira da extinção.
Muitos comentaristas entendem que Judá se tornou praticamente subordinado a Israel após a aliança que firmaram. Esse entendimento deriva do comportamento aparentemente inferior do rei Josafá em relação a Acabe na batalha contra Ramote-Gileade (1Rs 22:4,30). Muitos também consideram o papel desempenhado por Jeorão na campanha contra Moabe, como mais uma prova de que Judá dependia de Israel.
Apesar disso, a verdade é que não há qualquer evidência realmente clara de que Judá se subordinava a Israel, ou seja, não existem provas satisfatórias para tirarmos tal conclusão.
Por sua associação com Acabe, Josafá foi duramente repreendido pelo Profeta Jeú (2Cr 19:1,2). Depois, Josafá mais uma vez encorajou o povo a adorar ao Senhor (1Cr 19:4).
Com o fortalecimento das fronteiras de Judá, e com o controle sobre Edom durante seu reinado (2Cr 17:1-2; 1Rs 22:47), o rei Josafá detinha o comando das rotas de caravanas da Arábia (2Cr 17:5; 18:1), o que lhe rendia boas riquezas.
Aliado a Acazias, rei de Israel, Josafá tentou construir um frota de navios de Tarsis para Ofir por causa do ouro, mas os navios acabaram destruídos em Eziom-Gebe e o acordo comercial fracassou. Por conta desse tratado, Josafá novamente foi repreendido através da profecia de Eliézer (2Cr 20:37).
Em Judá, o rei Josafá foi um grande administrador, conhecido como um homem de eminente piedade. Ele reorganizou o poder judiciário, designando juízes para todas as cidades importantes de Judá, e estabeleceu uma importante corte de apelações especiais em Jerusalém, composta por levitas, sacerdotes e anciãos, sob a liderança do sumo sacerdote (2Cr 19:5-11).

A vitória do rei Josafá sobre Moabe e Amom


Já próximo do fim de seu reinado, os moabitas, os amonitas e os edomitas, se uniram com o objetivo de invadir Judá, cruzando o que é hoje a região do mar morto. Nesse momento, a Bíblia relata que o rei Josafá sentiu medo e buscou ao Senhor (2Cr 20:3).
O rei Josafá proclamou um jejum no reino de Judá, e todo o povo se comprometeu em buscar o auxílio do Senhor. Josafá então reuniu a todos, homens, mulheres e crianças (até as de colo), e, em frente ao pátio novo, no Templo do Senhor, ele orou a Deus (2Cr 20:6-12).
A resposta do Senhor veio por meio de Jaaziel, filho de Zacarias, neto de Benaia, bisneto de Jeiel e trineto de Matanias, levita e descendente de Asafe (2Cr 20:14). Deus disse a Josafá e ao povo que eles deveriam se acalmar, e apenas contemplar a salvação do Senhor a favor deles, pois Deus é quem iria pelejar aquela batalha (2Cr 20:15-17).
O rei Josafá fez conforme o Senhor lhe havia ordenado. Josafá nomeou alguns homens para cantar cânticos de louvor ao Senhor à frente do exército. Enquanto cantavam, o Senhor preparou emboscadas contra os inimigos de Judá, de modo que destruíram-se uns aos outros (2Cr 20:20-30).
Quando as outras nações souberam o que o Senhor fez em favor de Seu povo, temeram profundamente. Então, o reino de Josafá se manteve em paz, pois Deus lhe concedeu paz em todas as fronteiras de Judá (2Cr 20:29).

O fim do reinado do rei Josafá


O reino de Josafá pode ser considerado como tendo sido um período de prosperidade em Judá. A Bíblia nos diz que “ele andou nos caminhos de Asa, seu pai, e não se desviou deles; fez o que o Senhor aprova” (2Cr 20:32).
Entretanto, o rei Josafá não conseguiu acabar com os altares idólatras, e durante seu reinado o povo ainda não havia firmado o coração em fidelidade a Deus (2Cr 20:33).
Nos últimos cinco anos de seu reinado, o rei Josafá teve seu filho, Jeorão, como co-regente (2Rs 8:16). Josafá morreu com a idade de sessenta anos, e foi sepultado na cidade de Davi (1Rs 22:50).

AS TRÊS TÁTICAS DE JOSAFÁ PARA GANHAR A BATALHA

“Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em toda a Judá.” (2 Cr 20.3)
Nenhum indivíduo está isento de contraírem inimizades, principalmente quando há conflitos envolvendo lideranças.Josafá foi surpreendido no momento inesperado, e pelo que nos mostra o texto ele estava despreparado para o confronto militar, pois o seu contingente era muito menor do que o dos inimigos (2 Cr 20.1,2) foi isso que levou Jeosafá a temer (2 Cr 20.3).

Vejamos a reação de Josafá, a atitude, oração e vitória que ocorreu quando:

• Josafá temeu, buscou ao Senhor por meio de jejum e oração, pedindo-Lhe socorro.
• Há oração e jejum, o Espírito do Senhor começa a agir no meio da congregação.
• O Senhor escolheu para usar um levita, um dos cantores do Templo: JAAZIEL, cujo nome significa DEUS VIGIA SOBRE MIM. Este levita, inspirado pelo Espírito Santo, profetizou palavras de consolação divina, demonstrando O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA.
• Primeiramente, Deus tirou o temor do coração de Josafá, mostrando-lhe que a peleja é d`Ele ( Cr 20:3, 15). Depois, o Senhor começou a traçar as estratégias, demonstrando a Sua onisciência, onipresença e onipotência, porquanto:
• (A) - Sabia onde o inimigo se encontrava;
• (B) - O que estava fazendo;
• (C) - Haveria vitória sem haver luta corporal;
• (D) - O Senhor era com eles (2 Cr 20.16-17)
• (1) - Josafá reverenciou Deus, confiou no Seu poder e agradeceu, antecipadamente, pela vitória prometida ( 2 Cr 20:18);
• (2) - Josafá não levou armas carnais; só espirituais: a fé e o louvor ( Cr 20:19);
• (3) - Josafá exortou o povo a crer em Deus para alcançar segurança, e confiar nos profetas do Senhor, para que prosperidade fosse alcançada ( Cr 20:20);
• (4) - O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA foi tão grande, que Josafá ordenou cantores para o Senhor, que saíram marchando à frente do exército, louvando a Deus, e dizendo: RENDEI GRAÇAS AO SENHOR, PORQUE A SUA MISERICÓRDIA DURA PARA SEMPRE! Ou seja: A batalha já estava ganha pelo PODER DA VERDADEIRA PROFECIA! ( Cr 20:21)
• (5) - Bastou o louvor ter início para Deus começar a agir! O Senhor pôs emboscadas contra os inimigos, que foram totalmente desbaratados, não havendo nenhum sobrevivente ( Cr 20.22-24)

A Reação do Rei Josafá

A reação de Josafá foi de grande medo, isso é muito natural acontecer quando o sujeito encontra-se ameaçado, ora os seus inimigos eram em grande número e mais forte do que ele, mas em toda ação uma reação, seja ela de covardia ou de coragem (2 Cr 20.3).
Vejamos agora “As 3 táticas de Josafá para alcançar a vitória”

1. Atitude

A atitude de Jeosafá foi a mais correta, buscar o SENHOR, ele enfrentou de maneira exemplar conduzindo o povo a ter a melhor saída para a situação.
a) Reuniu o povo; (2) Buscou o Senhor com jejum;
b) Reuniu outras pessoas para orar;
c) Confessou ser incapaz para vencer aquela batalha;
d) Obedeceu a voz do Espírito Santo;
e) Creu e confiou inteiramente na sua palavra (2 Cr 20.3-12).

2. Oração

No texto encontramos cinco verdades principais nas quais Jeosafá expressa a sua confiança no SENHOR;
a. Ele sabia que Deus tem poder sobre as pessoas em qualquer situação;
b. Para ele o Senhor tinha sido fiel no passado, presente e seria no futuro;
c. Ele sabia que sem o Senhor jamais alcançaria vitória;
d. Sabia que as promessas de Deus jamais falhariam, e que era um fundamento para a sua fé;
e. Sabia que a presença do Senhor resultaria numa grande vitória (2 Cr 20. 6,7,14-17,20).

3. Louvor

Aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o SENHOR, que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem a Deus, dizendo: Rendei Graças ao SENHOR, porque a sua misericórdia dura para sempre. (2 Cr 20.21). Irmãos, harpas e flautas não são as armas mais potentes para se levar ao campo de batalha! Por outro lado poderia ter sido uma boa oportunidade para se livrar dos que cantam muito alto ou tocam desafinado! A orientação estranha de Deus tinha a finalidade de mostrar a Josafá que a vitória só vem por seu Espírito, não por armas ou exércitos. À medida que os cantores começaram a cantar, vejam só o que aconteceu com os inimigos: "Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados". (2 Cr 20.22).O segredo da nossa vitória sobre qualquer circunstância da nossa vida está exatamente neste ponto: louvar e cantar! Essa vitória memorável ensinou ao povo daquela época e também a nós nesta manhã, que o louvor e a adoração são elementos vitais na batalha espiritual. Através do louvor e de uma vida de louvor, Deus pode alcançar uma pessoa. Este mundo não tem nada parecido com a música de louvor e adoração que cantamos. Talvez você pergunte: por quê? Porque Deus habita no meio dos louvores de seu povo! "Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel". (Sl 22.3). A multidão pode cantar o hino nacional juntos num campeonato de qualquer modalidade ou pode cantar junto uma canção antiga e conhecida num concerto. Mas, a música de louvor e adoração ao nosso Deus é prerrogativa exclusiva da igreja que foi comprada com o sangue do Cordeiro. Irmãos, quando falo em superar as circunstâncias, não estou falando em usar a inteligência para resolver um problema. Estou falando de fé além das circunstâncias. Estou dizendo que não importa qual seja a situação, Deus está no controle de cada detalhe de sua vida como cristão. O nosso Pai sabe o que está fazendo. Ele nos prometeu que: "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito". ( Rm 8.28b). Quando a nossa confiança é depositada em Deus, ela nos leva ao caminho da vitória, essa confiança deve ser permanente e em todas as circunstâncias. Deus sempre quer nos ajudar nas batalhas, mas devemos nos organizar espiritualmente como fez Jeosafá naqueles dias. Não devemos nos curvar e nem entristecer diante das situações, por mais danosa que ela seja, devemos crer que superaremos, essa é a garantia da nossa vitória. A vitória de Jeosafá aconteceu de forma milagrosa, porque a peleja não era dele, mas do Senhor (2 Cr 20.17), foi cantando e adorando que eles alcançaram a vitória. Ele ainda é o mesmo, acreditemos sempre, porque "nEle não há sombra, nem variação" “Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros” (2 Cr 20.20b). Se quisermos ser vitoriosos jamais deveremos recorrer à ajuda ou recursos humanos e sim divinos; não é lutando fisicamente que obteremos a vitória, e sim tomando a atitude certa. Vivendo uma vida de constante oração e principalmente louvando a Deus. Assim fazendo por certo que as barreiras cairão , os ferrolhos serão destruídos e as cadeias do cárcere se romperão, em nome de Jesus. Amém!

FONTES DE PESQUISA
https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-rei-josafa/
http://www.estudosgospel.com.br/artigo-evangelico-reflexao-poesia-gospel-herois-da-fe/as-3-taticas-de-josafa-para-alcancar-a-vitoria.html

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