Lição 6 - As Exigências do Amor

"Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?"
I João 4.20
palavra sobre casamento
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O AMOR NO CASAMENTO
O amor entre um casal é uma grande bênção de Deus para ser desfrutado dentro do casamento. Deus criou o homem e a mulher para estarem juntos. O amor mantém o casal unido, mesmo nos momentos mais difíceis (Cânticos 8:7).
Amar é uma decisão. Quando um homem e uma mulher gostam um do outro, precisam tomar uma decisão: amar ou não amar. O amor é mais que atração. O amor de casal é querer o bem do outro e lutar pela união, mesmo quando é muito difícil.
Para o casal decidido a se amar, Deus instituiu o casamento (Mateus 19:4-6). O casamento é a prova que o casal está comprometido com o amor. Dentro do casamento, o sexo é uma bênção de Deus que cria mais intimidade entre o casal, fortalecendo o amor. O sexo também é uma forma de espalhar o amor, produzindo filhos que serão criados dentro do ambiente de amor da família guiada por Deus.

Como é o amor entre um casal?

Deus criou o amor entre um casal para ser um relacionamento de respeito e cuidado, um pelo outro. O homem cuida da mulher e a mulher cuida do homem. Em 1 Coríntios 13:4-7 Deus fala sobre o amor puro, que também se aplica ao casal:
  • É paciente – ninguém é perfeito, o homem e a mulher precisam ter paciência com as falhas do outro
  • Não inveja – um casal que se ama fica alegre com os sucessos um do outro e não tenta limitar ou prender
  • Não se vangloria, não se orgulha – o orgulho impede o casal de consertar seus erros
  • Não maltrata – cada um deve amar seu cônjuge como a si mesmo, sem ferir
  • Não procura seus interesses – um casal egoísta não vai sobreviver, cada um deve cuidar dos interesses do outro
  • Não se ira facilmente, não guarda rancor – a mágoa causa divisão e desconfiança; o perdão é essencial para um casal
  • Não se alegra com a injustiça – a justiça mantém o relacionamento equilibrado
  • Se alegra com a verdade – a honestidade com amor constróis um relacionamento saudável
  • Tudo sofre – o casal que se ama de verdade está pronto a fazer sacrifícios por esse amor
  • Tudo crê, tudo espera – o amor de casal tem esperança em Deus, que vai abençoar quem fica firme no amor
  • Tudo suporta – o casal unido pelo amor consegue enfrentar e superar todas as dificuldades da vida, com a ajuda de Deus
O AMOR DE DEUS NO CASAMENTO
Temos aprendido que a grande missão de Deus para o homem é que sujeite a terra e domine sobre todos os animais (Gn 1.26-28), e não que domine sobre outros homens!  Jesus disse: “… Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós…” (Mt 20.25,26).
Mas, para dominar a terra, o homem precisava perceber a necessidade e a bênção de uma família; tinha que saber que precisaria dela para tal tarefa, pois não seria possível fazê-lo sozinho! E assim foi com Adão e Eva, Noé e sua esposa, Abraão e Sara, José e Maria (Gn 2.189.1-1012.1-3Lc 1.26-38Mt 1.18-25). E Jesus começa sua Igreja derramando Seu Espírito sobre famílias inteiras: homens, mulheres, jovens, velhos, crianças (At 2.17,18). Conclui-se, então, que o propósito de Deus está entranhado na família, e a família no propósito eterno de Deus. E não há como separá-los!
Sobre o casamento, a principal coisa a se saber é que ele não é nosso, é de Deus; não é para a nossa felicidade, mas para a glória de Deus e seus desígnios; não é para nós, é para Ele! (Rm 11.36Cl 1.16,17). E, tão importante quanto saber que o casamento não é algo nosso ou para nós, é entender que nem todo amor serve para o casamento! E a falta do amor de Deus nos relacionamentos é o principal motivo por trás de tantos divórcios e separações. O amor (ágape – 1Co 13.4-9) que Jesus tem para com a Igreja (Ef 5.25-31) é o tipo de amor que deve haver no casamento! E esse amor tem que ser abastecido, e só Deus pode fazê-lo através do seu Espírito. Ele é o gerador do amor!
Segundo Efésios 3.17-19, o amor de Deus é largo – extenso, abrangente (abrange tudo o que vemos e o que não vemos); é comprido – durável e de qualidade; é alto – devolve a dignidade à pessoa amada; levanta, ergue, enaltece, incentiva, apoia, ajuda o outro a se desenvolver. Sendo assim, o outro vai sendo restaurado, porque o casamento, segundo Deus, provê as condições ideais para que as pessoas sejam restauradas à sua capacidade máxima, onde todos os membros da família podem desenvolver todo o seu potencial nas mais diversas áreas; é profundo – alcança as maiores profundezas da pessoa, e descobre suas fraquezas, deslealdades, traições, pecados: as “baixesas” humanas; e para amarmos dessa forma tão profunda, temos que nos dispor a perdoar! Jesus disse: “[…] aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7.47). E, por fim, o amor (ágape de Deus) jamais acaba (1Co 13.8)!
Paulo fala aos coríntios que todos os que estão em Cristo são membros igualmente importantes, sendo Jesus o cabeça deste corpo:
1Co 11.3Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.
1Co 12.12-14Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
O Espírito diz através do apóstolo, que, no corpo de Cristo, todos dependem uns dos outros e devem servir e edificar uns aos outros. Falando sobre o mesmo assunto aos Gálatas (3.26-28), ele escreve: Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.. Aqui ele acrescenta as mulheres, que são membros igualmente importantes, e igualmente capazes de servir e edificar o corpo de Cristo, a começar pela família!
Concluindo esse assunto sobre o corpo – os membros e os dons que o servem e edificam – Paulo fala sobre o amor no capítulo 13 de sua carta aos Coríntios.
Sabemos que as funções de um marido são: governar o lar (1 Tm 3:4,12); prover o sustento familiar (Gn 3:191 Ts 4:11,121 Tm 5:8); amparar, cuidar e proteger esposa e filhos (Ef 5:29); ser sacerdote para a família (Gn 18:19); ter a responsabilidade principal na disciplina dos filhos (1 Sm 3:12,13Hb 12:7-9). Enquanto a esposa tem como funções suas: atender a família e cuidar da casa (Pv 31:21,22,27Tt 2:5), ocupando-se da criação dos filhos (1 Tm 2:155:14). Mas, para que marido e esposa exerçam suas funções, ambos têm que estar buscando o ágape de Deus, o tipo de amor que vai capacitá-los a serem pacientes, bondosos, e a não serem ciumentos, soberbos, inconvenientes, egoístas, exasperados, ressentidos, injustos. Só o amor de Deus tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. E, principalmente, o amor jamais acaba!
O marido expressa o amor exercendo sua autoridade servindo com toda a amabilidade, gentileza, afabilidade, não tratando sua esposa com amargor (Cl 3:19), tendo consideração por ela como parte mais frágil, e tratando-a com dignidade (1 Pe 3:7). A esposa expressa o amor respeitando o marido, não sendo independente em nenhum aspecto ou assunto, mostrando submissão ao deixar que o marido seja, de fato, o cabeça, governando o lar em sujeição a Cristo.
Sendo assim, marido e esposa desfrutam da ‘nova criação’ que Deus começa a operar a partir de dois indivíduos diferentes, que deixam pai e mãe (apesar do ensino, das virtudes, dos hábitos, das manias, etc., herdados). Tornam-se, então, uma só carne e uma nova família, com virtudes, hábitos, manias, etc., próprios!
Quando amamos, de fato, abrimos mão do nosso modo de ser e pensar para, juntos, buscarmos o pensamento e a vida de Cristo no nosso casamento e serviço ao Senhor. E o amor não é sentimento, é escolha, é prática recheada de bondade, afeto, gentileza, e sacrifício em favor do outro. Casamento, eis um caminho excelente!
O QUE DEVE SER DIFERENTE EM UM CASAMENTO CRISTÃO?

A principal diferença entre um casamento cristão e um casamento não-cristão é que Cristo é o centro do casamento. Quando duas pessoas estão unidas em Cristo, o seu objetivo é crescer na semelhança de Cristo ao longo do casamento. Os descrentes podem ter muitos objetivos para o seu casamento, mas a semelhança de Cristo não é um deles. Isso não quer dizer que todos os cristãos quando se casam imediatamente começam a trabalhar em direção a esse objetivo. Muitos jovens cristãos nem sequer percebem que esse é o objetivo principal, mas o Espírito Santo presente neles trabalha com suas vidas, amadurecendo cada um para que a meta de semelhança com Cristo torne-se cada vez mais clara. Quando ambos os parceiros têm como objetivo principal tornar-se mais e mais como Cristo, um casamento cristão forte e vibrante começa a tomar forma.


Um casamento cristão começa com o entendimento de que a Bíblia dá uma descrição clara dos papéis do marido e da mulher - encontrados principalmente em Efésios 5 - e de um compromisso para cumprir essas funções. O marido deve assumir a liderança no lar (Efésios 5:23-26). Essa liderança não deve ser ditatorial, condescendente ou paternalista sobre a esposa, mas deve estar de acordo com o exemplo de Cristo como o líder da igreja. Cristo amou a igreja (o Seu povo) com compaixão, misericórdia, perdão, respeito e altruísmo. Nesta mesma forma, os maridos devem amar suas esposas.

As esposas devem se submeter aos seus maridos "como ao Senhor" (Efésios 5:22), e não porque ela deve ser subserviente a ele, mas porque ambos devem "sujeitar-se uns aos outros no temor de Cristo" (Efésios 5:21) e porque deve haver uma estrutura de autoridade dentro de casa, com Cristo como o cabeça (Efésios 5:23-24). O respeito é um elemento-chave do desejo de se submeter; as esposas devem respeitar os seus maridos como os maridos devem amar as suas esposas (Efésios 5:33). O amor mútuo, respeito e submissão são a pedra angular de um casamento cristão. Construído sobre estes três princípios, o marido e a esposa vão crescer à semelhança de Cristo, aproximando-se um do outro cada vez mais ao amadurecerem em obediência a Cristo.

Um outro componente-chave de um casamento cristão é o altruísmo, conforme descrito em Filipenses 2:3-4. O princípio da humildade descrito nestes versículos é crucial para um matrimônio cristão. Ambos o marido e a mulher devem considerar as necessidades do seu parceiro antes das suas, o que requer um desprendimento que só é possível pelo poder do Espírito Santo que os habita. A humildade e abnegação não vêm naturalmente à natureza humana caída. Elas são características que somente o Espírito de Deus pode produzir, nutrir e aperfeiçoar em nós. É por isso que fortes casamentos cristãos são caracterizados pelas disciplinas espirituais – estudo da Bíblia, memorização das Escrituras, oração e meditação nas coisas de Deus. Quando ambos os parceiros praticam essas disciplinas, cada um é fortalecido e amadurecido, o que naturalmente fortalece e amadurece o casamento. 

O AMOR PODE ACABAR DENTRO DE UM RELACIONAMENTO VINDO DE DEUS?

 O amor não morre, não acaba. É isso que a Bíblia ensina: “O amor jamais acaba” (1 Coríntios 13:8). Mas pode ser ignorado, negligenciado, substituído. Alguns casais, por exemplo, substituem o amor pela incompreensão. Outros o substituem pela ira, raiva, ódio. Outros desistem de restaurar o amor. Quando ignorado e substituído, ele acaba deixando de existir para o casal. O que o casal precisa é começar a tratar novamente a relação como a uma criança que precisa de muitos cuidados. Isso trará oxigênio e força suficiente para que o amor desabroche novamente. Esse deve ser o caminho a ser seguido pelos casais que tem achado que o amor está meio “morto” no casamento. A má notícia é que não será fácil. Mas a boa notícia é que, uma vez que o casal se dedique a isso, terá novamente em sua relação aqueles momentos memoráveis do início do relacionamento, e isso qualquer casal quer, não é verdade? Por que não, então, lutar para que o amor seja renovado e reapareça firme e forte? O que é preciso é vontade e dedicação dos dois. Será como fazer um grande plantio. É árduo, não se vê os frutos no momento que se planta. Porém, quando chega a época da colheita todos se alegram em ver os frutos!

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