Lição 04 - Marcos, o Evangelho do Servo

"Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" - Marcos 10.45
Texto Bíblico Básico: Marcos 1.9-13; Marcos 9.30-35
Resultado de imagem para JESUS SERVINDO
EVANGELHO DE MARCOS - VISÃO GERAL
O evangelho de Marcos foi escrito entre a década de 60 – 70. Período em que os cristãos de Roma eram tratados cruelmente pelo povo e muitos foram torturados e mortos pelo imperador romano, Nero. Segundo a tradição, entre os mártires cristãos de Roma, nessa década, estão os apóstolos Pedro e Paulo. Como um dos líderes da igreja em Roma, João Marcos foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever este Evangelho, como uma antevisão profética desse período da perseguição, ou como uma resposta pastoral à perseguição. Sua intenção era fortalecer os alicerces da fé dos crentes romanos e, se necessário fosse, inspirá-lo a sofrer fielmente em prol do Evangelho, oferecendo-lhes como modelo a vida, o sofrimento, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, o Senhor.
Numa narrativa de cenas rápidas, o autor apresenta Jesus Cristo como o Filho de Deus e o Messias, o Servo Sofredor. O momento culminante do livro é o episódio de Cesaréia de Filipo, seguido da transfiguração, onde tanto a identidade de Jesus, quanto a sua dolorosa missão plenamente reveladas aos seus doze discípulos. A primeira metade de Marcos focaliza em primeiro plano os maravilhosos milagres de Jesus Cristo e a sua autoridade sobre doenças e demônios, como sinais de que o Reino de Deus está próximo. Em Cesáreia de Filipo, no entanto, Jesus declara abertamente aos seus discípulos que “importava que o Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria” (Marcos 8.31). Há numerosas referências em todo o livro de Marcos ao sofrimento como o preço do discipulado. Apesar disso, o reforço da parte de Deus vem após o sofrimento, por amor à justiça, conforme demonstrou a ressurreição de Jesus.

Capítulos do Evangelho:

AUTOR: Atribui-se a autoria a João Marcos, filho de certa Maria, cuja casa em Jerusalém era lugar de reunião dos discípulos, At. 12:12. Sendo ele primo de Barnabé, Cl. 4:10, pode ter sido levita,  At. 4:36. A história de Marcos se encontra nas seguintes passagens: At. 12:25; 13:5-13; 15:37-39. Provavelmente, a mãe de Marcos tinha posição de considerável influência na Igreja de Jerusalém. Foi a casa dela que Pedro procurou logo ao ser libertado da prisão pelo anjo, At. 12:12. Não há dúvida de que este Evangelho representa o ensino e a influência de Pedro. Uma tradição antiga associa o Evangelho de Marcos com Pedro e vários detalhes confirmam esta tradição. Tem-se com freqüência, observado também que o plano do Evangelho corresponde ao esboço do discurso de Pedro em casa de Cornélio - At. 10:37-43, e que o livro está em harmonia com o caráter de Pedro - impulsivo, impressionável, emotivo e ativo, mais do que argumentativo, lógico e doutrinário.Esteve João Marcos com Pedro em Babilônia, quando este apóstolo escreveu sua primeira epístola, I Pe. 5:13. Afirma-se que ele foi companheiro de Pedro na maior parte do tempo, e escreveu a história de Jesus como a ouviu de Pedro em suas pregações.

PROPÓSITO: Tem-se sugerido que em Marcos 10:45 está indicado o objetivo e a idéia geral de seu Evangelho. Devido ao fato que Marcos escrevia para os romanos, omitiu toda referência à genealogia e infância de Jesus. Os romanos interessavam-se mais em poder do que em descendência. Por isso é que, em Marcos, Jesus é apresentado como o grande Conquistador - da tempestade, dos demônios, das enfermidades e da morte. Marcos trata um pouco do problema de possessão demoníaca (1:24; 32-34; 3:11,12). O ensino bem claro da Escritura é que os possessos de demônios não eram apenas lunáticos, mas consistiam casos de “invasão de personalidade”. Portanto, a expulsão de demônios realizada por Jesus era definida e real, e consistia a marca do Seu poder sobre as forças concentradas do mal. Ele é o servo do Senhor: primeiramente o Servo Conquistador, e em seguida o Servo Sofredor, e, finalmente o Servo Triunfante, por ocasião de Sua ressurreição.
O Evangelho de Marcos é essencialmente o Evangelho da ação.  A  palavra característica é “logo” e “imediatamente” (usadas 19 e 17 vezes respectivamente em todo o livro). Inclui somente um dos discursos de Jesus (no Monte das Oliveiras), demora-se sobre os Seus feitos. Fornece-nos mais as obras do que as palavras de Cristo. Marcos registra dezoito dos milagres de Jesus, mas apenas quatro de  Suas parábolas.
A vivacidade de detalhes é também característica neste Evangelho. Embora este seja o mais breve dos quatro evangelhos, freqüentemente inclui detalhes vívidos que não podem ser encontrados nos relatos de Mateus e de Lucas sobre os mesmos acontecimentos. Considerável atenção é dada à aparência e aos gestos de Jesus.
Notamos também neste Evangelho a riqueza na descrição dos fatos. No seu relato sobre a distribuição de pão para os cinco mil, ele nos diz que o povo se assentou em “grupos” na relva verde. O vocábulo grego significa “canteiros de flores”, e reflete a bela paisagem de grupos de pessoas com suas roupas coloridas assentadas no tapete verdejante da colina.
Marcos emprega um número de referências ao Antigo Testamento menor do que os outros escritores. Ele explica os costumes dos judeus para seus leitores romanos. Nem ao menos usa a palavra “Lei” que ocorre oito vezes em Mateus, por nove vezes em Lucas, e por quinze vezes em João. Há também certas expressões que vêem da língua latina como Legião, Centurião e outras, sugerindo uma vez mais o fato de o Evangelho se destinar a romanos.

Quem era Marcos: Agora talvez pergunte: Quem era Marcos? Foi testemunha ocular dos acontecimentos que descreve? Ou teve outras fontes de informações?

Evidentemente, a mãe de Marcos, Maria, era crente e permitiu que sua casa fosse usada para reuniões cristãs. Sabemos também, à base do livro de Atos dos Apóstolos, que ele foi ao campo missionário como companheiro de seu primo Barnabé e do apóstolo Paulo. Não era apóstolo, nem foi testemunha ocular de muitos dos acontecimentos que relata. É possível que tenha sido discípulo na época em que Jesus foi preso, sendo que alguns eruditos o identificam com o “certo jovem” que “escapou nu” naquela ocasião. — Atos 12:6-17, 25; 15:36-41; Marcos 14:51, 52.

“João, cognominado Marcos”, é mencionado pela primeira vez no registro bíblico em conexão com o livramento milagroso do apóstolo Pedro da prisão, no ano 44 E.C. Pedro apresentou-se de noite na casa de Marcos, para informar os cristãos reunidos ali sobre o seu livramento. (Atos 12:12, 18) Pouco sabia Marcos então que influência este visitante exerceria sobre ele em anos posteriores. Por quê? Porque numa data posterior ele se tornou companheiro íntimo de Pedro, o qual, na sua primeira carta inspirada, até o chama de “Marcos, meu filho”. (1 Pedro 5:13) Embora Marcos tivesse acesso a outras fontes, sem dúvida, seu Evangelho reflete em grande medida a familiaridade de Pedro com a vida e o ministério de Jesus. Que evidência há para se dizer isso? Um simples exemplo ilustrará este ponto.

Algum tempo depois da festa da Páscoa de 31 E.C., Jesus encontrava-se na sua segunda viagem de pregação na Galiléia, acompanhado pelos 12 apóstolos. Ele decidiu atravessar o mar da Galiléia de barco. É interessante comparar como Mateus e Marcos contam a história. Primeiro Mateus:

“Ora, eis que se levantou uma grande agitação no mar, de modo que o barco estava sendo coberto pelas ondas; ele [Jesus], porém, estava dormindo.” — Mateus 8:24.

Embora isso transmita a ideia duma tempestade, não salienta em especial a ação, nem mexe com as emoções. Como descreve Marcos o mesmo acontecimento?

“Levantou-se então uma violenta tempestade de vento e as ondas abatiam-se sobre o barco, de modo que o barco estava ficando inundado. Mas ele [Jesus] estava na popa, dormindo sobre um travesseiro.” — Marcos 4:37, 38.

Marcos não presenciou o acontecimento. Assim, como podia ele apresentar uma descrição tão realística? Seu informante foi obviamente o pescador Pedro. Notou a descrição vívida da tempestade e de seus efeitos sobre o barco? E o detalhe “na popa” que o coletor de impostos, que vivia em terra, não incluiu, muito embora estivesse no barco? E que olhos observadores e boa memória tinha Pedro para lembrar-se de que Jesus estava “dormindo sobre um travesseiro”. — Veja também Lucas 8:23.

É fácil entender por que alguns eruditos bíblicos descrevem Marcos como intérprete de Pedro. Mas, significa isso que o Evangelho de Marcos devia ser chamado realmente de o Evangelho segundo Pedro? De modo algum. A narração fornece em muitos assuntos evidência das faculdades de observação e de atenção a pormenores de Pedro. Mas, o estilo vernacular vívido e dinâmico de transmitir a ideia de uma ação quase que de suspense é claramente de Marcos.

Outro fator vital a ser considerado é que “toda a Escritura é inspirada por Deus” e que “nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer interpretação particular . . . mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por Espírito Santo”. Assim, temos a feliz combinação da narração perceptiva de Pedro com o estilo de escrita dinâmico e conciso de Marcos. Marcos foi deveras um dos orientados, ou “movidos”, pelo Espírito Santo de Deus. — 2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:20, 21.

Para quem escreveu Marcos? É evidente que cada escritor evangélico tinha em mente um tipo diferente de leitor. Mateus escreveu primariamente aos judeus, conforme evidenciado pelas suas muitas referências às Escrituras Hebraicas e pela sua preocupação com a genealogia de Jesus, provando sua descendência legítima de Abraão. Lucas escreveu em benefício do “excelentíssimo Teófilo” e dos povos de todas as nações, remontando sua genealogia até Adão. (Lucas 1:1-4; 2:14; 3:23-38) Assim, cada um usou um estilo diferente, e salientou e enfocou algo diferente. Para quem, em especial, escreveu Marcos?

É bem provável que tenha escrito em Roma, tendo em mente os crentes romanos. A forma simples e popular do idioma grego empregada está salpicada de transliterações latinas, o que seria uma tendência bem natural para uma pessoa de idioma grego que morasse em Roma. Utiliza pelo menos nove palavras latinas em 18 ocasiões, incluindo speculator (em grego, spekoulátora, “guarda pessoal”), praetorium (em grego, praitórion, “palácio do governador”) e centurio (em grego, kenturíon, “oficial do exército” ou centurião). — Marcos 6:27; 15:16, 39.

Outra evidência de que Marcos escreveu principalmente para os gentios é que ele não menciona nada a respeito do nascimento ou da genealogia de Jesus. De fato, em suas palavras iniciais, já passa a relatar imediatamente o ministério de João, o Batizador, e seu anúncio do Messias. Toda a informação biográfica prévia a respeito de Jesus tornava-se de qualquer forma desnecessária, visto já ter sido apropriadamente abrangida nos precedentes Evangelhos de Mateus e Lucas. Por que repetir seu testemunho em benefício dos não-judeus? Isso, incidentemente, contradiz os muitos eruditos bíblicos modernos que sustentam que Marcos foi o primeiro escritor evangélico, muito embora as autoridades mais antigas concordem que Mateus foi o primeiro.

Cristo como pessoa: Como é que Marcos retrata a Cristo? Temos dificuldade em acompanhar o passo desse dinâmico fazedor de milagres, que a cada poucos versículos parece já estar em outro lugar. Nós o acompanhamos na realização de cerca de 19 milagres em pelo menos 10 locais diferentes nas redondezas da Galiléia e da Judéia. E, contudo, ajuda-nos ao mesmo tempo a visualizar o compassivo Jesus. Traz à luz pormenores como em nenhum outro Evangelho, e salienta claramente as reações emocionais de Jesus. Por exemplo:

“As pessoas começaram então a trazer-lhe criancinhas, para que as tocasse; mas os discípulos as censuraram. Vendo isso, Jesus ficou indignado e disse-lhes: ‘Deixai vir a mim as criancinhas’ . . . E tomou as criancinhas nos seus braços e começou a abençoá-las.” — Marcos 10:13-16.

Consegue fazer um quadro mental da cena? Quantas vezes já dissemos ou ouvimos a expressão: “Crianças devem ser vistas, mas não ouvidas”! Os discípulos estavam manifestando na ocasião a mesma atitude. Como reagiu o Amo? Ficou “indignado”.

Pedro, a testemunha ocular, recordava-se evidentemente da reação emocional justa de Jesus. Daí Jesus disse: “Deixai vir a mim as criancinhas; não tenteis impedi-las.” Neste ponto Marcos introduz um toque bem humano que os escritores Mateus e Lucas não mencionam. É como se ele usasse lentes zoom para se aproximar mais e salientar um pormenor ao escrever: “E tomou as criancinhas nos seus braços.” Aqui estão presentes a ação e a compaixão ao mesmo tempo. Visualizamos realmente a Jesus através dos olhos bem humanos e humanitários de Pedro. Para nossa felicidade, o Espírito Santo induziu Marcos a incluir esse pequeno retoque que dá mais colorido e calor humano ao quadro.

Quem está iniciando o seu contato com a Bíblia ou com o cristianismo, poderá muito bem começar por ler esta história concisa e vigorosa das “boas novas” do homem de ação, Jesus Cristo. Desligue-se do mundo e de suas distrações por uma hora ou duas e envolva-se na emocionante história de Marcos: “O princípio das boas novas a respeito de Jesus Cristo.” (Marcos 1:1) E por que não faz isso “imediatamente”, “logo”!

O DINAMISMO DO EVANGELHO DE MARCOS

Versículos-chave: Marcos 1:11: “Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.”


Marcos 1:17: “Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”

Marcos 10:14-15: “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” 

Marcos 10:45: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”

Marcos 12:33: “...e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.” 

Marcos 16:6: “Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto.”

Marcos 16:15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”

Resumo: Este evangelho é único porque ele enfatiza as ações de Jesus mais do que Seus ensinamentos. É escrito de forma simples, movendo-se rapidamente de um episódio da vida de Cristo para outro. Ele não começa com uma genealogia como em Mateus porque os gentios não estariam interessados em Sua linhagem. Após a apresentação de Jesus no Seu batismo, Jesus começou Seu ministério público na Galileia e chamou os primeiros quatro de Seus doze discípulos. O que se segue é o registro da morte, vida e ressurreição de Jesus.

O relato de Marcos não é apenas uma coleção de histórias, mas uma narrativa escrita para revelar que Jesus era o Messias, não só para os judeus, mas para os gentios também. Em uma profissão dinâmica, os discípulos, liderados por Pedro, assumiram a sua fé nEle (Marcos 8:29-30), embora não tenham compreendido plenamente Sua messianidade até depois da Sua ressurreição.

Ao seguirmos Suas viagens pela Galileia, áreas circundantes e então para a Judeia, percebemos quão rápido o ritmo foi estabelecido. Ele tocou a vida de muitas pessoas, mas deixou uma marca indelével em seus discípulos. Na transfiguração (Marcos 9:1-9), Ele deu a três deles uma visualização do Seu retorno futuro em poder e glória, e mais uma vez lhes foi revelado quem Ele era.

No entanto, nos dias que antecederam a Sua última viagem a Jerusalém, vemo-los desnorteados, com medo e duvidando. Quando Jesus foi preso, Ele ficou sozinho depois que todos fugiram. Nas horas seguintes, durante os julgamentos simulados, Jesus proclamou ousadamente que Ele era o Cristo, o Filho do Abençoado e que Ele seria vitorioso em Sua volta (Marcos 14:61-62). Os eventos climáticos em torno da crucificação, morte, sepultamento e ressurreição não foram testemunhados pela maioria de Seus discípulos. Entretanto, várias mulheres fiéis testemunharam a Sua paixão. Depois do sábado, no início da manhã do primeiro dia da semana, elas foram ao sepulcro com especiarias de enterro. Quando viram que a pedra tinha sido movida, elas entraram no túmulo. Não foi o corpo de Jesus que viram, mas um anjo vestido de branco. A mensagem de alegria que receberam foi: "Ele ressuscitou!" As mulheres foram as primeiras evangelistas por espalharem a boa nova da Sua ressurreição. Esta mesma mensagem tem sido transmitida para todo o mundo nos séculos seguintes até nós hoje.

Conexões: Como o público-alvo de Marcos era os gentios, ele não cita o Antigo Testamento com a mesma frequência que Mateus, o qual escreveu principalmente para os judeus. Ele não começa com uma genealogia para ligar Jesus aos patriarcas judeus, mas começa ao invés com o Seu batismo, o início de Seu ministério terrestre. Mas mesmo aí, Marcos cita uma profecia do Antigo Testamento sobre o mensageiro, João Batista, o qual exortaria o povo para "preparar o caminho para o Senhor" (Marcos 1:3, Isaías 40:3) enquanto aguardavam a vinda do seu Messias.

Jesus faz referência ao Antigo Testamento em várias passagens em Marcos. Em Marcos 7:6, Jesus repreende os fariseus por sua adoração superficial de Deus com os lábios, enquanto seus corações estavam longe dEle, e se refere ao seu próprio profeta, Isaías, para condená-los de sua dureza de coração (Isaías 29:13). Jesus se referiu a uma profecia do Antigo Testamento que era para ser cumprida naquela mesma noite, enquanto os discípulos seriam espalhados como ovelhas sem pastor quando Jesus foi preso e condenado à morte (Marcos 14:27; Zacarias 13:7). Jesus referiu-se novamente a Isaías quando purificou o Templo dos cambistas (Marcos 11:15-17, Isaías 56:7, Jeremias 7:11) e então aos Salmos quando Ele explicou que era a pedra angular da nossa fé e da Igreja (Marcos 12:10-11; Salmo 118:22-23).

Aplicação Prática: Marcos apresenta Jesus como o Servo sofredor de Deus (Marcos 10:45) e como Aquele que veio para servir e sacrificar-se por nós, em parte para nos inspirar a fazer o mesmo. Devemos servir como Ele serviu, com a mesma grandeza de humildade e dedicação ao serviço dos outros. Jesus exortou-nos a lembrar que para ser grande no reino de Deus, devemos ser o servo de todos (Marcos 10:44). O auto-sacrifício deve transcender a nossa necessidade de reconhecimento ou recompensa, assim como Jesus estava disposto a ser humilhado ao oferecer a Sua vida pelas ovelhas.


FONTES DE PESQUISA

http://www.reinonet.com.br/estudos-da-biblia/10-estudo-da-biblia-esboco-evangelho-segundo-marcos.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/teologia-do-evangelho-de-marcos.html
https://www.jesuseabiblia.com/biblia-de-estudo-online/marcos-estudo/
https://www.gotquestions.org/Portugues/Evangelho-de-Marcos.html

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lição 04 - O Espírito Santo na Antiga Aliança

Lição 12 - Manassés, Uma Lição de Arrependimento

Lição 13 - Qual é o Seu Legado?